Fundação da Casa de Mateus, um centro de cultura no Norte do país.

Com o ciclo “A Cultura em Diálogo”, iniciado em 3 de Dezembro de 1977, procura a Fundação institucionalizar, numa Região ao tempo particularmente carente, o diálogo sobre, à volta e por dentro da cultura. E assim, nos 50 anos, inúmeros Seminários e Encontros se têm promovido, muitos organizados pela Fundação, outros por aqueles que a nós se quiseram juntar.

Aqui se têm debatido os mais diversos aspectos da sociedade portuguesa, assim como as mais prementes necessidades locais e nacionais.

No campo científico, é fundado em 1986, com todas as Universidades Públicas e Academias Científicas portuguesas, o Instituto Internacional Casa de Mateus que organiza e acolhe todos os anos, em Mateus, seminários internacionais, juntando investigadores dos mais diversos países para debater assuntos de interesse geral.

Em 1980 é instituído o “Prémio Morgado de Mateus”, atribuído uma única vez, nesse mesmo ano, a Miguel torga e a Carlos Drummond de Andrade.

Com o “Prémio D. Diniz”, também instituído em 1980, têm sido todos os anos distinguidos alguns dos mais importantes escritores portugueses.

Promovemos a edição dos livros “Figuras em Mateus”, de Vasco Graça Moura, com fotografias de Nicolas Sapieha e “Memórias da Condessa de Mangualde”, com prefácio de Vasco Pulido Valente.

Fomos fundadores da Rede Europeia de Centros de Tradução Colectiva de Poesia Viva. Desde dezembro de 1990, poetas portugueses aqui traduziram 79 poetas estrangeiros. Dessas traduções, estão editados mais de 40 livros na colecção “Poetas em Mateus”.

 

Tem a Fundação, deste modo e na vertente cultural, cumprido em pleno os fins a que em 1977 se aventurou. Mais do que isso, é para esta Casa e para aqueles que para ela vivem e que a esta Região se têm dedicado, um inexcedível contributo cultural e humano o de todos os que por aqui têm passado e connosco têm vivido os assuntos debatidos, a música ouvida e sentida, a poesia aqui dita, a pintura, a escultura e a gravura aqui olhadas.

Têm sido de imenso valor  a amizade com tantos criada e a constante disponibilidade por vários demonstradas, sem as quais tudo teria sido mais pobre.

Queremos, com os que já fazem esta grande família de Mateus e com outros que virão juntar-se-nos, continuar a encontrar a melhor maneira de cumprir os deveres de que D. Francisco de Albuquerque nos incumbiu ao criar esta Fundação.